Pessoas com traumas na infância podem moldar suas percepções e interações ao longo da vida. Esses traumas podem se manifestar em crenças limitantes que influenciam a vida adulta. Ao compreender essas crenças, podemos iniciar um processo de cura e libertação.
Identificar as crenças negativas é o primeiro passo para superá-las. Assim, podemos ressignificar experiências e promover uma vida mais saudável. Vamos explorar essas crenças e como elas afetam nossa forma de viver.
Neste artigo, discutiremos 7 crenças que pessoas com traumas na infância possuem, proporcionando insights valiosos para quem deseja se libertar do passado.
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A Influência dos Traumas na Infância
Os traumas na infância podem criar padrões de pensamento que se perpetuam na vida adulta. Muitas vezes, essas crenças não são percebidas, mas têm um impacto profundo em nossas relações e autoestima. Reconhecer essas crenças é fundamental para a transformação pessoal.
Crença 1: “Eu não sou suficiente”
Uma crença comum entre pessoas que sofreram traumas na infância é a sensação de não serem boas o bastante. Por exemplo, uma criança que cresceu ouvindo críticas constantes sobre suas notas ou desempenho pode internalizar a ideia de que nunca faz nada certo. Na vida adulta, essa crença pode se manifestar como insegurança em aceitar elogios e medo de tentar novas oportunidades, acreditando que irá falhar.
Exemplo:
Se essa pessoa recebe um elogio por um trabalho bem feito, pode pensar: “Estão apenas sendo educados; eu realmente não fiz tão bem assim.” Essa insegurança constante pode levar à paralisia em situações que exigem autoconfiança.
Crença 2: “Não posso ser eu mesmo”
Pessoas que não receberam apoio ou incentivo na infância podem desenvolver uma profunda insegurança sobre suas próprias escolhas e gostos. Crescendo em um ambiente onde suas preferências e vontades eram constantemente reprimidas, elas acabam acreditando que não têm o direito de expressar quem são de verdade.
Exemplo:
Se alguém que tem essa crença é convidado a compartilhar algo sobre seus hobbies ou interesses em uma reunião social, ele pode preferir se calar ou dizer que “não sabe”. O medo da crítica o impede de expor sua opinião e, muitas vezes, ele vive de acordo com os gostos dos outros para evitar qualquer forma de julgamento ou rejeição.
Crença 3: “Só me sinto bem se estiver comprando”
Essa crença é muito comum em pessoas que sentiram falta de segurança emocional ou material na infância. Elas tendem a se endividar sem saber o motivo, tentando suprir uma ausência emocional por meio de compras impulsivas. Roupas, calçados, comidas ou até brinquedos que desejavam na infância e nunca puderam ter acabam se tornando uma válvula de escape.
Exemplo:
Uma pessoa com essa crença pode acumular dívidas em roupas de grife ou eletrônicos, racionalizando que “é algo que ela sempre quis”. No entanto, após a compra, o vazio persiste, levando a mais compras para tentar preencher essa lacuna emocional, gerando um ciclo de insatisfação.
Crença 4: “Eu sempre serei rejeitado”
Para quem passou por experiências de rejeição, especialmente durante a infância, desenvolver a crença de que será rejeitado em qualquer situação é muito comum. Imagine uma criança que sofreu bullying por ser diferente dos colegas. Ao crescer, ela pode carregar essa experiência, acreditando que sempre será rejeitada e, por isso, evita situações sociais.
Exemplo:
Ao ser convidado para uma festa ou evento, essa pessoa pensa: “Por que eu iria? Ninguém vai querer falar comigo.” Esse pensamento a leva a um padrão de isolamento social, que se perpetua, criando uma sensação de solidão.
Crença 5: “Eu sempre vou me decepcionar com as pessoas”
Pessoas com traumas na infância tendem a criar expectativas elevadas em relação aos outros, esperando que sejam atenciosos e leais. Porém, quando essas expectativas não são atendidas, elas se frustram e começam a achar que não podem confiar em ninguém. Isso as deixa inseguras em relação às amizades e relacionamentos.
Exemplo:
Ao desenvolver uma nova amizade, essa pessoa pode esperar que o amigo demonstre atenção e cuidados constantes. Quando isso não acontece, ela sente que foi decepcionada, levando-a a questionar a sinceridade de todos e se distanciar emocionalmente para evitar mais frustrações.
Crença 6: “É melhor não se importar”
Para evitar o sofrimento da perda ou decepção, algumas pessoas que sofreram traumas na infância escolhem o caminho da apatia. Elas preferem não se envolver emocionalmente para se proteger. Isso as leva a manter uma postura distante e a reprimir sentimentos, acreditando que, assim, estão protegidas.
Exemplo:
Essa pessoa pode evitar fazer amizades verdadeiras ou se envolver em relacionamentos, pensando: “Se eu não me importar, não vou me machucar.” No entanto, essa tentativa de autoproteção cria um estado de isolamento emocional e desconexão que afeta sua saúde mental.
Crença 7: “As pessoas não mudam”
Por terem vivido experiências dolorosas com pessoas próximas, muitas vezes familiares, essas pessoas desenvolvem a ideia de que ninguém é capaz de mudar. Elas carregam essa desconfiança e acabam com uma visão cínica, evitando relacionamentos que exigem vulnerabilidade.
Exemplo:
Quando conhecem alguém novo, rapidamente julgam essa pessoa como alguém que, eventualmente, vai decepcioná-las. Essa visão impede que tenham relações saudáveis e impede a chance de conhecer novas pessoas com mente aberta.
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Superando essas Crenças
Identificar e entender essas 7 crenças que pessoas com traumas na infância possuem é crucial para o processo de cura. A superação dessas crenças requer tempo e esforço, mas é possível com apoio e autocompaixão. Terapia, grupos de apoio e autoconhecimento podem ser ferramentas valiosas nesse caminho.
A Jornada da Transformação
A transformação é um processo que exige paciência e perseverança. Cada pequeno passo conta, e é importante reconhecer as vitórias ao longo do caminho. Vamos juntos nessa jornada de cura e autoaceitação.